Associações ligadas a cafeicultura estão monitorando e demonstrando preocupação com o coronavírus na região

Postado em: 27/03/2020

Com a situação da pandemia do coronavírus (covid-19) na região, associações ligadas a cafeicultura têm demonstrado preocupação. Isso porque se aproxima o período da colheita na região do cerrado mineiro e a restrição de movimentação pode ser empecilho para a contratação de mão de obra.

Para o superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, é um momento complexo para o setor, onde as atividades estão sendo mantidas com as devidas precauções. Ainda segundo Juliano, as exportações estão fluindo normalmente e os preços reagiram nos últimos dias. Juliano disse ainda que para a safra prevista para iniciar em 60 dias, a Federação vai divulgar uma cartilha de orientação e prevenção ao coronavírus com o intuito de levar informações de fonte segura aos produtores.

Para o ex-presidente da APPCER – Associação de pequenos produtores do Cerrado, Carlos Behrend, a situação é delicada para os produtores e para o mercado de forma geral, mas salientou que as exportações do Brasil continuam normalmente devido a dificuldade de outros países em embarcar o produto. Carlos demonstrou preocupação se a pandemia permanecer por mais tempo, já que o pequeno produtor depende do dia a dia para sobreviver.

A Expocaccer – Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado, segue seus trabalhos de operação dos armazéns, com a preparação e embarque de café, segundo Ricardo Bartholo presidente da cooperativa. Ainda segundo Ricardo, os negócios estão sendo feitos pelos meios de comunicação existentes, mas, ressaltou a dificuldade do setor se a pandemia permanecer por mais tempo, principalmente no período da colheita, já que a região necessita de mão de obra externa. Bartholo enfatizou que ainda é cedo para fazer qualquer previsão e espera que a situação se normalize logo com a volta do comércio garantindo assim o emprego e renda das pessoas.

Rafael Pires/Janio Luiz – Módulo-FM